segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Registro de Passaportes

Nota:
PASSAPORTES DO SÉCULO XVIII eram um anseio antigo, que eu tentei encontrar em vários arquivos e pesquisei exaustivamente na internet, pois queria, através de um passaporte perdido do século XVIII, encontrar algum dado pessoal sobre um dos meus antecedentes, Antonio Borges Vieira, português que veio para Vacaria e que, infelizmente, devido à perda dos registros onde havia dados sobre ele, não deixou rastros sobre sua vida anterior à vinda para cá. Indaguei até no Fórum Geneall sobre a possibilidade de haver estes passaportes arquivados em Portugal, na terra de origem dos portugueses que embarcavam para o Brasil, (que realmente existem) só que não estão disponíveis online, somente para pesquisas em Lisboa, no AHU.
Sobre o meu antepassado ainda não encontrei dados, no entanto, descobri aqui bem pertinho, no Arquivo Histórico do RS, alguns passaportes do fim do século XVIII, que vou copiar aqui por conterem dados pessoais de alguns moradores da ilha de Santa Catarina(atualmente Florianópolis) e viajantes em trânsito entre diferentes portos do Brasil a partir dessa ilha,que se dirigiam à Santos, Rio de Janeiro ou ao porto do Rio Grande, pois as viagens de longa distância eram, na época colonial, em grande parte, feitas por mar. 
Entre estes viajantes estão alguns dos primeiros moradores da ilha de Florianópolis e região, assim como moradores da região do Rio Grande do Sul.
No porto da ilha, na alfândega, era necessário fazer o registro dos viajantes em direção ao sul (porto de Rio Grande) ou ao norte (porto de Santos ou Rio de Janeiro). Embora o escrivão tenha omitido a filiação ou a ocupação dos viajantes,(detalhes que variam conforme o escrivão e o lugar onde era feito o registro), ele se preocupou em anotar descrições físicas das pessoas, que embora sejam repetitivas e sem muita criatividade, dão alguma ideia de como a pessoa era, o que raramente existe na documentação antiga.

A existência destes passaportes antigos nos mostra que em cada porto havia o devido registro das pessoas que viajavam , e estas referências, de tão longínquas e por terem sido destruídas, na sua grande parte, pareciam nem sequer terem existido. Como encontrei estes, a minha esperança é que haja outros por aí, esperando serem resgatados e divulgados.

Fica a seguir aqui registrado, conforme for sendo feita a transcrição, para quem procura dados sobre estes pioneiros.

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